segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Canivete

Meu maior defeito nos despreocupados dias da infância, consistia em desanimar com demasiada facilidade quando uma tarefa qualquer me parecia difícil. Eu podia ser tudo, menos um menino persistente.

Foi quando, certa noite, meu pai me chamou para conversarmos. Tinha nas mãos uma tabuazinha de pequena espessura e um canivete aberto. Ele me disse quando me aproximei:

- Meu filho, risque uma linha em toda a largura da tábua com o cavinete.
Obedeci e, em seguida, tábua e canivete foram guardados na escrivaninha.

A mesma coisa foi repetida todas as noites seguintes.

Ao fim da semana eu não podia mais de curiosidade.

A história continuava... Toda noite eu tinha que riscar com um canivete, uma só vez, o sulco que se aprofundava.

Afinal, chegou um dia em que não havia mais sulco. Meu derradeiro e leve esforço cortara a tábua em duas.


Meu pai olhou longamente para mim, e disse:

- Você nunca acreditaria que isto fosse possível com tão pouco esforço, não é verdade? Pois o êxito ou o fracasso de sua vida não depende tanto da força que você põe em uma tentativa, mas na persistência no que fizer.

Essa foi uma lição-de-vida impossível de esquecer e que mesmo um garoto de dez anos pôde e soube aproveitar, não apenas na infância, mas durante toda a vida.

(Wallace Leal V. Rodrigues
Extraido do livro - E, para o resto da vida... Contos que tocam o coração.)

Reflita:
Você tem desanimado diante das tarefas difíceis da sua vida?
Já pensou em dividir esta tarefa maior em tarefas menores que possam ser realizadas a cada dia?

Lembre-se: Não existe ação neutra. Não fazer nada é uma ação e você é responsável por isso.
Verifique se suas ações (não ações) estão te levando mais perto ou mais longe de suas metas.

Grande abraço,

Beto Barros

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