quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

5 passos para perder peso definitivamente

O seu Eu Emocional é mais forte que o seu Eu Racional?
  O que vou escrever hoje é MUITO IMPORTANTE para o seu sucesso para perder peso / emagrecer em 2011, e até para aprender a controlar muitos aspectos da sua vida…

Então que história é esta do “Eu Racional e do Eu Emocional”?

O Homem não é só um, mas realmente dois. Todos nós acreditamos que nos conhecemos a 100% e que nos podemos controlar em todas as situações que possamos enfrentar, mas a realidade não é bem assim. Quando pensamos em algo racionalmente é fácil gerir situações e emoções, mas quando certas situações emocionais nos invadem, perdemos o controle absoluto das situações (99% das vezes) e agimos irracionalmente.
A verdade é que o eu emocional supera inconscientemente o eu racional. As previsões que fazemos de nós próprios num estado racional sobre uma situação emocional são na maioria das vezes erradas quando realmente entramos nesse estado emocional. Alguma vez foi a um centro comercial convicto(a) que não iria comprar nada e saiu de lá cheio(a) de sacos de compras? Alguma vez pensou que não ia discutir com uma pessoa e assim que viu essa pessoa desatou a gritar com ela? Alguma vez prometeu começar a colocar dinheiro de lado e acabou por gastar numas férias, num carro, bicicleta ou
uns sapatos irresistíveis? Alguma vez decidiu começar a fazer dieta mas desistiu ou adiou assim que viu a primeira sobremesa? Alguma vez… penso que já está a entender o que quero dizer!
A verdade é que tomamos decisões inteligentes e importantes de forma racional mas ao primeiro instinto emocional e irracional lá se foram as boas intenções. Porque é que isto acontece? Porque não nos conhecemos a 100%, ou não nos queremos conhecer porque não queremos de todo assumir que perdemos o controle das nossas atitudes quando as emoções tomam conta de nós. E aí somos seres totalmente irracionais. É assim que a maior parte das pessoas engorda, acham que se conhecem a si próprias mas subitamente, nas situações emocionais e com um qualquer interruptor interior,
todo o cenário pode mudar, e dia após dia as situações repetem-se.
Então o que acontece quando o nosso lado irracional ganha vida num local emocional que julgamos ser familiar mas na verdade, é desconhecido? Se não nos conhecermos a nós próprios será possível prever de algum modo o nosso comportamento quando “perdemos a cabeça”? Será possível fazer alguma coisa quanto a isso?
Quando um chefe nos crítica publicamente, podemos sentir-nos tentados a responder com um email veemente, mas não seria melhor colocar esse email nos “rascunhos” por uns dias? Quando nos apaixonamos por um conversível porque fizemos um test drive, não seria melhor ir para casa uns dias antes de assinar os papeis da compra?
A verdadeira questão é… Como obrigar o nosso lado irracional e emocional a comportar-se melhor?
É muito importante que entenda que as emoções podem-nos dominar e mostrar o mundo de uma forma e perspectiva diferentes. Quando prometemos poupar dinheiro estamos num estado emocional racional de “sangue-frio”, tal como quando prometemos fazer exercício e dieta. Mas depois de entrarmos em certos estados emocionais como quando olhamos para o carro novo, a bicicleta ou os sapatos, o lado racional desaparece e lá estamos nós a não cumprir o que prometemos! Assim que nos empenhamos em fazer exercício, encontramos uma muito boa razão para passar o dia em frente à televisão. E a dieta? como só aquela fatia de bolo de chocolate e começo amanhã sem falta!

Desistir dos objetivos a longo prazo pela gratificação imediata, na maior parte das vezes não compensa pois traz grandes prejuízos a longo prazo.

Então como resolvemos esta situação de uma vez por todas? Utilizando estratégias para as combater. Todos temos problemas com o autocontrole relacionado com a gratificação imediata, mas cada situação possui mecanismos potenciais de autocontrole.

Então vamos por passos:

Passo 1: Assumir que não temos o controle das nossas atitudes em determinadas situações.
Quando planeia o seu programa de emagrecimento, provavelmente sabe exactamente o que deve e o que não deve fazer para estragar os resultados pretendidos. Quando faz este exercício está no seu estado racional. Mas será que vão surgir momentos em que não vai ser capaz de seguir o seu planejamento? É importante assumir que sim. Mais uma vez a alteração comportamental não surge de um dia para o outro e as tentações vão surgir constantemente.
Passo 2: Perceber em que situações perdemos o controle de nós próprios e passamos de um estado racional para um estado emocional.

Quando é que passa do seu estado racional para o estado irracional ou emocional? Quando vê um doce com bom aspecto? Quando entra num restaurante? Quando entra num café com milhares de bolos? Quando está a chegar a hora do seu treino? Quando tem fome? Entre as refeições principais? Quando faz um intervalo no trabalho?
Passo 3: Escrever sempre que acontecer um evento deste gênero.
É muito importante este ponto. Sempre que sentir que está a perder o controlo da situação, escreva o momento em que isso está a acontecer e porque acha que tal está a acontecer. O simples fato de escrever e descrever a situação vai-lhe dar um momento para pensar racionalmente sobre o assunto, e só este pequeno gesto pode mudar muita coisa.


Passo 4: Encontrar mecanismos de auto-controle.
O que pode fazer para alterar estas situações frequentes? Evitar entrar nos restaurantes apetitosos, ou nas pastelarias? Combinar treinar com amigos? Marcar na sua agenda os dias e horas dos treinos com a prioridade máxima? É importante que tente compreender qual a melhor forma para si de superar esses momentos. Vou dar o meu exemplo… Eu adoro doces! E não ia deixar de os comer nunca. Mas decidi que ia encontrar um mecanismo de auto-controlo para deixar de comer montes de doces à noite depois do jantar. O que fiz? Decidi ter sempre chocolate preto com mais de 75% de caucau (pois é benéfico) e quando me apetece mesmo um doce como um quadrado pequeno. Depois digo para mim mesmo: “Ok, já está satisfeito o desejo dos doces… amanhã há mais!” e comigo resultou em pleno (é claro que sigo a regra de saborear o que como, e às vezes demoro cerca de 5 minutos a deliciar-me com um quadrado de chocolate!).
Passo 5: Tornar público o seu auto-controle ou auto-descontrole.
Este passo por si só pode ser um ótimo mecanismo de auto-controle! Então já vimos que deve apontar sempre que se deixar dominar pelo seu “Eu Emocional”! Entenda que se não o fizer por achar que fez estragos a mais, só está a enganar uma pessoa neste processo… a si mesmo(a)!


Agora é muito importante que entenda que todas as suas dificuldades são ultrapassáveis. TODAS. Depende exclusivamente de si e do que vai fazer para o conseguir. Eu sei que esta é a fase das promessas: “Este ano vou fazer exercício regular”; “Este ano vou perder peso”; “Vou comer melhor”… Mas o que provavelmente pode acontecer é à primeira tentação desistir de todas as suas promessas… Agora já tem uma estratégias para começar a lutar contra a dificuldade de conseguir qualquer coisa a longo prazo em detrimento do prazer imediato. O que vai fazer com esta estratégia eu não sei, mas se por acaso não conseguir atingir os seus objetivos a longo prazo e nem sequer tentou seguir estes 5 simples passos, então é porque provavelmente não quer perder peso (nem que seja inconscientemente).
Portanto, mãos ao trabalho, estas 5 estratégias podem mudar a sua vida, e o seu corpo em 2011.
Bons treinos e boa alimentação ;)
À sua saúde,
José Fonseca


Deixo com vocês um texto de Rodrigo Cardoso que o auxiliará no Passo número 2, ou seja, na auto-observação dequando seu "eu emocional"  fala mais alto!


Auto-observação

Quero fazer um convite para você neste dia de hoje. Na verdade, trata-se de uma experiência que elimina consideravelmente qualquer nível de stress. Irá permitir que você mantenha-se dissociado de qualquer emoção negativa, discussão ou um problema, que antes poderia tirá-lo de sua serenidade e prejudicar suas decisões. Essa experiência é conhecida como “Auto-Observação”. É simples em sua mecânica de funcionamento, porém, não é tão fácil de realizar, pois exige certa dose de atenção e disciplina. A idéia consiste em estar alerta aos seus pensamentos e emoções, como um observador. Ficar a espreita para o próximo pensamento, simples assim. Você deve procurar a partir deste momento observar o que passa em sua mente, manter a guarda. Apenas observar, nada mais que isso. Essa atitude proporciona uma dissociação. É como se você fosse duas pessoas: A voz que fala em seu cérebro e aquele que a observa. O interessante, é que o fato de conseguir realizar a auto-observação, proporciona paz e serenidade. Você consegue “pegar” um pensamento limitador ou uma emoção negativa logo no início. Um exemplo disso acontece quando alguém te critica. No exato momento que recebe a crítica um pensamento para se defender ou mesmo contra-atacar vem à tona. Se você estiver em auto-observação, poderá perceber este pensamento nascendo com toda carga emocional que o acompanha e assim, como você não é o pensamento, e sim aquele que o observa, você pode discernir se realmente vale a pena contra atacar, se realmente a critica é pessoal ou não, e se existe algum aprendizado nesta situação.
Sem que você tenha que revidar causando stress ainda maior neste relacionamento.
Como nós funcionamos de maneira identificada e associada com os acontecimentos de nossa vida há anos, ou seja, não estamos acostumados a observar o que acontece em nosso interior, apenas reagimos, vale uma dica:
O que importa não é o tempo que consegue manter-se em auto-observação, mas sim, a quantidade de vezes, a freqüência, que percebe que tinha perdido a atenção. Quando perceber, retome imediatamente.
A propósito, todas as vezes que perceber que perdeu a atenção em si mesmo, significa que acabou de recuperá-la.
Aproveite a experiência e divirta-se com os resultados.


Grande abraço e ótimos resultados para você!

Beto Barros

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