sábado, 9 de outubro de 2010

Você percebe tudo o que você come?


Se você está engordando, é quase certo de que você está comendo muito. Porque será que é tão difícil para você se convencer disso? Mas você não é a exceção, pois cerca de 80% dos pacientes que nos procuram para emagrecer, vem em busca de uma causa orgânica que justifique o ganho de peso. "Só pode ser hormonal" dizem alguns, "parei minha ginástica" dizem outros, " deve ser da idade".


Diante desses questionamentos nós até titubeamos. É tão difícil convercer as pessoas sobre os reais motivos de seu ganho de peso, que muitas vezes concordamos com elas. "É mesmo, talvez seja a idade..." ou " vamos ver os hormônios". Quando, pelo contrário, nós ousamos supor, que possivelmente, essas pessoas estão comendo além da conta, arrumamos uma confusão. "Como pode ser isso? Eu nem como arroz!"


Apesar do conflito que isso pode gerar, nós precisamos convencer. Convencer a cada um de vocês, de que ansiedade não engorda, faz comer. Explicar que não estamos dizendo que vocês mentem, nem estamos julgando seus comportamentos. Queremos descobrir um caminho por onde começar ajudá-los. Não há como corrigir uma falha sem identificá-la de antemão.


Comer muito, nem sempre é sinônimo de um prato volumoso. Podemos observar sempre que vamos a um restaurante por quilo, pessoas com pratos minúsculos e altamento calóricos. Geralmente sem arroz ou feijão, mas sem abrir mão de um pastelzinho, uma minúscula liguiça calabresa e uma única colher de sopa de farofa ou maionese. E os colegas de trabalho, ainda reforçam, " mas você come tão pouco!". Pura ilusão, pois além de muito calórica, essa refeição trará saciedade muito curta e em pouco tempo essa pessoa estará procurando algo para beliscar. E ainda continua achando que come realmente pouco.


Muitos nem almoçam, mas passam a tarde toda beliscando. São pequenas porções de castanhas, bolachinhas, barras de cereal, café adoçado com açúcar ou chocolate de máquina. Um pouquinho de cada vez, sem excessos! Ao final do dia, somadas as calorias, elas ultrapassam em muito as recomendações diárias. Um exemplo disso é que apenas 100g de castanhas podem conter quase 1000 calorias e cada 4 bolachinhas de água e sal equivalem a um pão francês. Melhor seria almoçar normalmente.


O final de semana nunca é computado. As pessoas pensam sempre na dieta de segunda a sexta feira. São grandes quantidades de alimentos e bebidas ingeridos todo sábado e domingo, ou o que é ainda pior, sexta, sábado e domingo. Sim, porque para muitos, sexta feira já faz parte do final de semana, a partir da happy hour. Além disso, nos finais de semana, o lazer se confunde com o alimento e fica difícil perceber os excessos. Cafés na padaria, almoços nas praças de alimentação dos shopings e aquela saída básica para jantar no sábado. Afinal de contas, a semana é muito dura!


Bebida alcoólica não é comida, mas muitas vezes faz parte dela e ninguém percebe isso. Além do mais, quando bebemos, beliscamos alimentos calóricos e comemos mais. A bebida apura o paladar e nos libera do controle do volume alimentar. O resultado é que quem aprecia bebidas alcoólicas com freqüência, dificilmente se mantém magro, uma vez que o álcool, com suas 7 calorias por grama, adiciona um teor calórico jamais pensado ao cardápio das pessoas.


Sucos e frutas e uma grande quantidade de alimentos saudáveis, não deixam de ter calorias, às vezes em excesso. Veja o caso do suco de laranja com sua média de 150 calorias, uma posta de salmão com 300 calorias, dois fios de azeite naquela salada perfeita, 100 calorias. Todos passam despercebidos, com a idéia de que o que é saudável não engorda. Ledo engano!


Engordamos sempre que comemos mais do que gastamos. Se uma pessoa exceder apenas 100 calorias - uma maçã - em sua ingestão diária, ela poderá, ao final de um ano, ganhar cerca de 5 kg. Analisada por essa ótica das ciências exatas, parece simples a compreensão do ganho de peso. Acontece que para a grande maioria das pessoas, isso não é tão simples. Por isso elas continuam a buscar uma causa para o ganho de peso, além do seu comportamento alimentar, mesmo que para isso, elas tenham que negar todas as evidências do fato.


Para conseguir perder peso, é preciso nos desarmar da nossa própria resistência em perceber tudo o que comemos ou de procurar doenças onde só exista comportamento alimentar inadequado. Dificilmente estaremos entre a minoria de 1% das pessoas que engordam por doença. Muito mais provável que estejamos entre os demais 99%.

CITEN - Centro Integrado de Terapia Nutricional

Gostaria de colocar neste post outro artigo interessante de uma pesquisa feita na Unifesp mostrando que é possível emagrecer utilizando estratégias de Coaching.


Pesquisa da Unifesp mostra que é possível emagrecer utilizando estratégias de "coaching"

Sem a ajuda de medicamentos e com estratégias alcançáveis, as voluntárias do estudo perderam quatro quilos em dez meses, reduziram as medidas e elevaram a autoestima.

Ao contrário do que muitas mulheres pensam, é possível perder peso sem a ajuda de medicamentos. E não é tão difícil assim. Basta apenas mudar alguns hábitos não só alimentares, mas, principalmente, comportamentais.

A conclusão é de um estudo, realizado pelo setor de Medicina Comportamental do Departamento de Psicobiologia da UNIFESP, que estabeleceu um programa de Coaching – processo que se utiliza de estratégias de metas, focando os recursos pessoais do indivíduo. A finalidade foi fazer com que os participantes, com a ajuda do profissional de saúde (o coach), definissem metas compatíveis e alcançáveis para melhorar a imagem corporal.

A pesquisa desenvolvida por Eliana Melcher Martins, José Roberto Leite e Rita Mattei Persoli, acompanhou 40 mulheres com obesidade, com peso médio de 84 quilos e índice de massa corpórea (IMC) de 32.

Ao invés de elevador, a escada

Durante dez meses de acompanhamento com encontros quinzenais, as mulheres receberam orientação nutricional, psicológica e foram incentivadas a praticar exercícios físicos. Além de evitar temperos industrializados e gordurosos, também foram incentivadas a mudar o comportamento e trabalhar a autoestima. “Em média, as mulheres acompanhadas apresentavam ansiedade leve, baixa autoestima e compulsão alimentar moderada, fator preponderante para o ganho de peso”, explica Mattei.

De acordo com a psicóloga Eliana Martins, para as mulheres que não têm tempo de praticar exercícios, trocar o elevador pelas escadas e caminhar mais, descendo uma estação de metrô ou do ponto de ônibus antes de chegar ao seu destino, foram algumas das ações recomendadas durante a participação do estudo.

Ao final do estudo, os resultados evidenciaram redução nos escores para depressão, ansiedade e compulsão alimentar. Houve redução significativa das medidas fisiológicas (peso, IMC, cintura, quadril). Em média, a perda de peso foi de quatro quilos e o IMC baixou de 32 para 30.

A idade e a busca pelo corpo perfeito

Rita explica que “Em sua busca pelo corpo perfeito, muitas mulheres deixam de considerar o fator idade se esquecem que o metabolismo se torna mais lento com o passar dos anos”, afirma. “Por conta disso, elas buscam recursos farmacológicos, muitos com efeitos colaterais graves”.

Rita acredita que a mídia, de forma geral, e a sociedade são cruéis quando o assunto é imagem. “Fortalecer emocionalmente o indivíduo para aprender a lidar com a vida e com a idade, utilizando as ferramentas naturais para manter-se saudável, é essencial para evitar distorção da imagem”, afirma. “O coaching pode ser um instrumento útil na prática clínica com mulheres insatisfeitas com seu aspecto físico”.


Conheça mais sobre o processo de Coaching no emagrecimento!

Entre em contato comigo!

Beto Barros

Um comentário:

  1. Certinho esse artigo! E, realmente, n é facil se convencer disso e mudar os habitos...
    Beijinho, Mel.

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